Juan Manuel Crespo é Doutorando em Estudos de Desenvolvimento no Instituto HEGOA da Universidad del País Vasco; Ashish Kothari é o fundador da Kalpavriksh, uma organização indiana sem fins lucrativos que trabalha em questões ambientais e sociais nos níveis local, nacional e global e Shrishtee Bajpai é uma investigadora-ativista que trabalha em alternativas aos modelos de desenvolvimento convencionais.
Está se tornando cada vez mais óbvio que precisamos pensar juntos sobre os problemas da crise climática e das fronteiras. O colapso ambiental desloca milhões de pessoas todos os anos, enquanto os Estados respondem através da militarização de suas fronteiras, causando mais sofrimento e morte.
Um mundo multiplexo é, além de múltiplo e complexo, fragmentado e frágil. A reflexão para encontrar possíveis caminhos de ação precisa então considerar a complexidade, fragmentação e fragilidade do futuro do desenvolvimento global. A incerteza e os problemas de desenvolvimento global transversais a todos os países destacam uma dimensão imprevisível do desenvolvimento que se soma a proliferação de atores públicos e privados que reivindicam legitimidade para agir.
A inovação para o desenvolvimento sustentável deve ser um processo multidisciplinar, em que se combinam conhecimentos e aprendizagens várias. Deve ser inclusiva, partindo da experiência daqueles que estão mais próximos dos problemas e que os vivem no dia-a-dia. Quem promove a inovação para o desenvolvimento deve assegurar que há tempo e espaço para criar, mas também para testar, falhar, iterar, aprender e crescer.
Muitas vezes, quando se trata de políticas públicas para o desenvolvimento social é comum que a atenção da comunidade e dos órgãos decisores se volte à infância e aos mais velhos. Mas quem melhor para apontar aquilo que funciona ou aquilo que ainda falta ou que precisa mudar senão os jovens?
A gravidez indesejada não é um assunto isolado. Associa-se à saúde sexual e reprodutiva, à educação sexual e à igualdade de género, e todos eles são assuntos de Estado, de políticas públicas. Têm de ser.
Podemos fazer mais do que dizer às jovens africanas para se esforçarem na escola. Precisamos de um plano real para que se tornem as pessoas plenamente auto-realizadas que queremos que sejam.
O ODS8 estabelece uma tarefa ambiciosa: promover o crescimento económico sustentado, inclusivo e sustentável, emprego pleno e produtivo e trabalho decente para todos. Quando focado em um objetivo tão imenso, pode ser fácil perder de vista o que isso significa para a vida cotidiana das pessoas.
O trabalho narrativo é sobre mudar o que é “conhecido” sobre um grupo de pessoas, ou sobre uma situação. Não se trata, no entanto, de “convencer” as pessoas; mas sim de construir novos e diferentes relacionamentos e compreensão.
A Aliança para uma Revolução Verde em África foi apresentada como um divisor de águas no combate à fome. O consenso 15 anos depois: Falhou.
A inovação é uma prioridade para a maioria das ONGD Portuguesas. É o que mostram os resultados do estudo “Inovação e Mudança nas ONGD Portuguesas”, realizado pela Oficina Global, que por meio de um inquérito online obteve respostas de 46 ONGD no período de 9 a 26 de novembro de 2021.