Investigadora na Oficina Global.
No marco dos 50 anos das independências dos Países Africanos de Língua Portuguesa (PALOP) é pertinente uma reflexão sobre as dinâmicas que levaram às independências desses países para então pensar as suas atuais dinâmicas de desenvolvimento. É possível falar em novos ritmos de desenvolvimento?
Que caminhos vislumbramos para concretizar a mudança que queremos? Apesar da pressão para agir rapidamente, no atual contexto de incerteza é fundamental parar para pensar, repensar, mudar – e repetir o processo, uma e outra vez.
Da fronteira EUA-México ao Sudão, histórias sobre os impactos de políticas cada vez mais duras para as pessoas forçadas a deixar suas casas.
Na quinta edição da newsletter da Oficina Global o debate sobre cinema e ativismo nas independências africanas é o fio condutor dos diversos conteúdos que trazemos. O editorial escrito por Jessica Falconi, investigadora no CEsA/CSG/ISEG, Universidade de Lisboa, discute o papel do cinema que continua central na luta pela descolonização cultural. Temos ainda uma entrevista com Camilo de Sousa, fotojornalista, cineasta, produtor de cinema e antigo combatente da luta de libertação nacional moçambicana, e várias dicas de conteúdos interessantes.
Uma das ideias centrais de Mortu Nega é de que a luta não tinha acabado com a proclamação da independência política, mas devia concretizar-se, sobretudo, na construção de um novo país.
Em geral, os doadores ocidentais hesitam em abordar questões mais amplas dos direitos LGBTQ+ em países onde isso os coloca em rota de colisão com governos parceiros.
Tive uma conversa interessante com algumas pessoas se perguntando o que um financiador filantrópico com um pouco de dinheiro e pouca/nenhuma restrição burocrática poderia fazer para incentivar a aceitação de evidências na formulação de políticas.
Os debates contemporâneos nos estudos agrários têm se concentrado predominantemente nas questões fundiárias e de propriedade. A questão da agricultura por contrato é um exemplo de uma dimensão relativamente negligenciada – mas significativa – dos sistemas agrícolas contemporâneos no Sul Global.
A ideia de que a revolta, vista muitas vezes como um fenómeno ‘menor’, pode e deve ser analisada teórica e filosoficamente é muito interessante no atual contexto de incerteza e de mudança em que vivemos.
Embora as notícias atuais deem muita atenção às dimensões geopolíticas das interações das grandes potências, o retorno da geopolítica é certamente tão relevante para os países do Sul Global quanto para os do Norte Global.