Educação para o Desenvolvimento

Créditos da imagem: Adonis Papadopoulos via Fine Acts.


Num mundo repleto de desigualdades, injustiças e disparidades sociais, a busca pela justiça social apresenta-se como um desafio desmedido quando pensamos nas questões do Desenvolvimento. No estudo “A urgência de ler o mundo: Justiça Social”, a abordagem a estas questões é feita de forma a promover um sentido de cidadania global. Esta abordagem inovadora traz uma diversidade de disciplinas que se cruzam (filosofia, direito, política, ética) e que procura levar-nos além das nossas preconceções do mundo.   


A bem da verdade, quando nos confrontamos com o tema da justiça social este não revela grandes debates, assumindo que qualquer cidadão ou cidadã seja a favor desta. É um conceito que aparece como princípio basilar na construção de inúmeros órgãos, instituições, governos e sociedades. Mas se saímos da esfera coletiva, e passamos para a esfera individual, as conceções de justiça social podem tornar-se enviesadas, e profundamente dicotómicas. O estudo coloca-nos esse desafio através de uma série de dilemas éticos (p. 14-16), de diferentes espectros políticos (p. 18 e 19), sob a lente dos Direitos Humanos (22-25), e também através de um exemplo muito prático que nos leva a refletir sobre a diferença entre desigualdade, igualdade, equidade e justiça social. 



Partindo desta interdisciplinaridade, o estudo procura uma definição de justiça social ligando-a diretamente com a conceção de Educação para o Desenvolvimento e Cidadania Global (EDCG). Procura-se que os/as leitores/as despertem para um sentido de responsabilidade e empatia, tornando-os/as mais sensíveis aos desafios globais, e inspirando-os/as a serem parte da solução. Ao longo da ficha (in)formativa estes elementos podem ser encontrados, promovendo a equidade, a inclusão e a diversidade para todos/as os/as recetores/as destas novas leituras.  


Considerando a sociedade em que nos inserimos atualmente, alcançar o “público em geral” para a reflexão e tomada de ação é cada vez mais difícil pois não há tempo de parar para ler e refletir. Tanto mais quando nos deitamos a tratar de princípios sociais que muitos o tomam como adquirido, mas que para tantos outros o caminho para o atingir só agora começou. Não podemos, no entanto, baixar os braços, e assim procurar novas formas de comunicar e mobilizar cidadãos e cidadãs para o seu papel no combate às desigualdades sociais, económicas, ecológicas e todas as restantes e novas que surgem, produtoras de grandes fossos visíveis a nível global e local.  


O estudo aqui apresentado não é apenas uma tentativa isolada de consciencializar para a Justiça Social e como esta pode ser observada sob a lente da EDCG, mas sim como uma peça de um puzzle muito maior. Para que cada um e uma de nós seja capaz de responder aos desafios do nosso tempo é necessário ter em conta os elementos até nós trazidos pelas investigadoras Joana Marques e Carlota Quintão (A3S) pois, ao fazê-lo, estamos a caminhar para a criação de sociedades mais justas, equitativas e sustentáveis.      

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