Contexto
A emergência de novos doadores e da chamada Cooperação Sul-Sul, bem como de um outro conjunto de atores não-estatais com modelos alternativos de cooperação internacional para o desenvolvimento (CID), tem obrigado a reavaliar o caminho que tem sido feito pelas agências bilaterais de cooperação no quadro da OCDE-CAD. A Ajuda Pública para o Desenvolvimento (APD) já não é a principal fonte de finança para o desenvolvimento da maioria dos países em desenvolvimento, à exceção dos países de rendimento mais baixo. Foi suplantada, agora, por fluxos financeiros privados. Para além disto, as dúvidas quanto à relevância e eficácia da APD prestada pelos doadores tradicionais, aliadas aos impactos económicos negativos resultantes primeiro da crise financeira de 2008 e agora consequência da pandemia de Covid-19, têm obrigado vários países doadores tradicionais a rever as suas estratégias e a baixar os níveis de compromisso em termos de APD.
Este cenário tem contribuído para aumentar a incerteza relativamente ao futuro das agências bilaterais e estruturas tradicionais de CID, entre as quais as organizações não-governamentais de desenvolvimento (ONGD). O estudo procura discutir as transformações que estão a decorrer em três dimensões: nas regras do jogo, políticas e atores da CID. Traz ainda uma reflexão para a sociedade civil organizada sobre a complexidade que assola a CID face os desafios globais mais recentes.
Resultados
- Estudo “O Futuro da Cooperação Internacional para o Desenvolvimento: Fragmentação, adaptação e inovação num mundo mudança” (disponível para download gratuito em português e em inglês)
Financiamento
Plataforma Portuguesa das ONGD
Equipa
Luís Mah (Responsável Científico)
Ana Luísa Silva (Investigadora)
Luís Pais Bernardo (Investigador)
Datas de início e conclusão
Dezembro 2020 – Março 2021