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O estudo “A Rede Cáritas em Portugal e a Resposta à Covid-19” (disponível aqui na sua verão completa e aqui na versão sumário executivo), fruto de uma parceria entre o Centro de Estudos sobre África e Desenvolvimento (CEsA) do Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade de Lisboa (ISEG) e a Cáritas Portuguesa, foi lançado oficialmente no dia 16 de dezembro. A sessão de lançamento contou com a presença de Clara Raposo (Presidente do ISEG), Rita Valadas (Presidente da Cáritas Portuguesa) e Ana Mendes Godinho (Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social).


O estudo analisa a importância da ação social da Rede Cáritas em Portugal neste tipo de contexto inesperado e de emergência, ao documentar a resposta da organização à pandemia de Covid-19. O trabalho é da responsabilidade dos investigadores Luís Mah (coordenador), Luís Pais Bernardo, Ana Luísa Silva e Renata Vieira de Assis e foi realizado entre abril e agosto de 2021, no âmbito das atividades da Oficina Global. Com uma presença que abrange a totalidade dos distritos de Portugal Continental e Ilhas, a Rede Cáritas em Portugal desenvolveu, pela primeira vez, um Programa Nacional de apoio direto às famílias em forma de bens e vales alimentares, bem como apoios financeiros pontuais e urgentes destinados ao pagamento de necessidades básicas como rendas, despesas com saúde e eletricidade.


A rapidez com que a Rede Cáritas conseguiu responder a necessidades materiais imediatas, principalmente financeiras, junto de um número considerável de beneficiários (10.444 pessoas, 3.205 famílias), revela a importância da sua ação social neste tipo de contexto inesperado e de emergência. O estudo mostra que a Rede Cáritas em Portugal conseguiu continuar as atividades de apoio alimentar e apoios pontuais que já desenvolvia, face a uma maior procura por parte das famílias: 60% das pessoas que procuraram o apoio da Cáritas neste período nunca tinha recorrido a este tipo de ajuda.

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A resposta da Cáritas Portuguesa
à Covid-19 em números


Para além do reforço e expansão dos serviços já oferecidos anteriormente, surgiram neste período de crise pandémica algumas inovações que são destacadas no relatório, para além do próprio Programa Nacional da Cáritas Portuguesa de combate à pandemia. A utilização de vales alimentares no âmbito deste programa é uma inovação ao nível dos produtos oferecidos pela Rede e ao nível dos serviços foram identificados dois projetos inovadores: o Comunidade+, da Cáritas Diocesana de Braga, e o Humanamente @ctivos, da Cáritas Diocesana de Beja. Por último, a realização de campanhas através de canais digitais, pela Rede e pela Cáritas Diocesana de Beja, é uma inovação organizacional para a Cáritas em Portugal.


O relatório faz ainda uma análise preliminar do impacto socioeconómico da pandemia na população portuguesa e das vulnerabilidades socioeconómicas reveladas pela ação da Rede Cáritas em Portugal em contexto de pandemia. O diagnóstico sugere que os novos beneficiários da Cáritas trabalhavam em alguns dos sectores económicos (já caraterizados por salários baixos e precaridade laboral) que mais sofreram durante este período: turismo, restauração, comércio e serviços de apoio.  O relatório termina com um conjunto de 8 alertas que resultam do estudo e que merecem maior reflexão e ação em conjunto pela sociedade portuguesa.
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O estudo pode ser descarregado aqui em versão completa e aqui na versão sumário executivo.

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